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sexta-feira, 8 de abril de 2011

O morrer para o servo de Deus - Parte I

A morte é encarada de duas maneiras se tripartirmos a sociedade em dois grupos, os servos de Deus e os ímpios (a bíblia trata-os como sendo desobedientes a Deus), e como seria a reação nesses dois grupos diante da morte? Imaginemos que em meio a esses dois grupos extraíssemos aleatoriamente um exemplar de cada, e trancafiassem-nos junto à morte.
O ímpio não tardaria em negociar, daria tudo para não morrer, a sogra, o carro, a casa e até a própria vida para permanecer vivo, agradeceria dizendo ser um prazer conhecer a morte pessoalmente, mas que esta não era a hora, que ela viesse outro horário, pois ele estava ocupado, até apontaria um vizinho que necessitava de uma visita dela. Vendo que sua lábia não tinha efeito apelaria para o choro, e por fim mostraria sua impregnação a terra perguntando, mas eu vou poder ficar aqui até passar o ato litúrgico de sétimo dia?
Enquanto isso o servo de Deus faria uma recapitulação da história da morte, frente a frente (nariz a nariz), dizendo:
- Então és tu a morte? Esperava algo mais vistoso, e não vestida em trapos, mas como se apresenta na forma que quer não serei eu a contestá-la. Gostaria de fazer uma reconstituição de sua vida, não que eu a conheça da mais lúgubre puerícia, até porque minha idade não se equipara a sua, com todo respeito, mas Deus me tem dado conhecimento da palavra dele, e a senhorita, digo assim porque teve a infelicidade de nem casada poder ser, aparece nesta palavra, a palavra de Deus. Não tardando entraste no mundo pela desobediência, porque o salário do pecado é a morte (Rm 6.23), e como o homem pecou você teve a oportunidade de surgir, caso contrário nada seria, e convenhamos nós, surgir de uma iniqüidade é a pior coisa que existe. A primeira morte veio da parte de Caim, assassinando seu irmão Abel, com a primeira morte veio o primeiro homicídio, com um grande histórico começaste, não? (Riso irônico).
Continua o servo de Deus:
- Sabe, estou aqui imaginando que algazarra deve ter feito quando Jesus faleceu, achava que tinha acabado com o Filho de Deus, mas em Rm 6 9-11 diz que Jesus ressuscitou dentre os mortos e que tu não tens domínio sobre ele, e mais, morreu para o pecado (Jesus), mas vive para Deus, e assim devemos nos considerar, vivos para Deus em Cristo Jesus, tu não tens domínio sobre os servos do Deus vivo. Mas, não turves teu coração, pois para eu herdar da promessa da salvação se faz necessário que morra (1Co 15.35-36), e como segundo 1Fp 1.21 pra mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho, “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” (Rm 14.8), pode fazer seu serviço, se assim for a vontade de Deus, porque vou na certeza da salvação, o contrário de ti, que será destruída pelas mãos de Deus (Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. 1Co 15.26), como, por ventura, não terei outra oportunidade de ficar face a face contigo lhe desejo meus pêsames por sua futura morte, já a mim dê-me meus préstimos, pois morrer pra mim é entrar na glória de Deus.
Nota-se o contraste nesses dois grupos, contudo, não passa de um escrito, na morte - enquanto uma realidade visível - pode-se evidenciar os relatos acima citados, o servo de Deus possui uma força descomunal quando o desfalecer chega para um de seus irmãos em Cristo, pois sabe da realidade para aquele, ou crê naquilo, apenas Deus sabe o nosso destino, pois conhece nossos corações, enquanto o ímpio tende a desesperar-se, não que o servo não possa passar por momentos assim, mas diante da mesma ocasião o conforto torna-se de maneiras diferentes.

Leia a segunda parte dessa reflexão procurando no blog por O morrer para o servo de Deus - Parte II, caso não encontre saiba que está – ainda – em andamento.

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